Quatro anos depois Flávio Dino pode ser contaminado novamente pela síndrome do “Rocha”
O choro pela possível traição de Roberto Rocha ao governador Flávio Dino (PCdoB), ainda é constante e atinge todo estado. A pregação de que Roberto Rocha é um traidor e só foi eleito por ter sido carregado no ombro de Flávio Dino, anda no mundo digital por onde o Palácio dos Leões comanda as senhas de blogues, sites e portais.
Se Roberto Rocha é considerado pelos comunistas uma bactéria traidora, o que teria motivado o rompimento com o governo Flávio Dino? Para os palacianos, Roberto Rocha tem sede de poder, psicologicamente sonha em ser governador, porque é filho do ex-governador Luís Rocha. Então esse seria o motivo óbvio para o rompimento. Só que Roberto Rocha tem se posicionado ao contrário dos comentários palacianos.
Só que, essa possível bactéria não está alojada apenas no senador Roberto Rocha. Em 2014, o governador não teve muitas opções, e agora contínua do mesmo jeito, tendo como primeira opção para 2018 ao senado, o deputado federal Weverton Rocha, que segundo o STF, pode não concorrer, caso seja condenado. A síndrome do “Rocha” vai permanecer em Flávio Dino e desta vez ainda mais forte e perigosa.
Com sede de poder ainda maior, Weverton Rocha é capaz de qualquer coisa para ser eleito senador, e caso seja eleito em 2018, até o Palácio dos Leões está ameaçado de ser demolido, como fez com o Ginásio Costa Rodrigues. O terreno cobiçado por Weverton Rocha está justamente no quintal do Palácio dos Leões e caso seja eleito com o apoio de Flávio Dino, em 2022 será candidato ao governo do Estado, mesma atitude de Roberto Rocha. Flávio Dino poderá ser traído novamente por um aliado.
O certo mesmo é que Flávio Dino se conseguir eleger algum senador, pode ficar novamente sem representante no senado. As pesquisas não são favoráveis aos candidatos do governador, e o único fiel escudeiro é Zé Reinaldo, mas está no banco de reservas do Palácio.
Sobre o texto acima, não acho que tenha havido traição por parte do Sen. Roberto Rocha ao governador. Houve, a meu ver, uma reorientação na aspiração politica do senador. Ele tendo um objetivo de se tornar governador à exemplo do seu pai – talvez um desejo reprimido de infância no Palácio do Leões – resolveu seguir outro rumo político que tornasse viável a sua intenção. No caso uma mudança de rota. Dentro de um contexto pragmático, determinado, vislumbrando possibilidades políticas futuras considerando a sua idade.
Da mesma forma não vejo traição do Governador para com o Dep. José Reinaldo Tavares, que o colocou na política, lhe deu apoio e condições através de norteio nesse emaranhado político do nosso estado. Embora tenha sido conduzido pelas mãos de Zé Reinaldo, o governador tem dado pleno apoio à candidatura ao senado, do Dep. Weverton Rocha, flerta com os votos evangélicos da Dep. Eliziane Gama
ao tempo que alimenta as intenções de Waldir Maranhão, que se expôs ao ridículo na Câmara Federal, quando teve seus 2 minutos de fama, durante o impeachment da Pres. Dilma, tudo sob influência do governador maranhense. Apesar da falta de consideração do governador – salvo melhor juízo – para com o Dep. Zé Reinaldo, não tenho lido ou ouvido reclamações por parte deste, talvez até porque ele saiba do enorme potencial que detém como Governador do Estado do Maranhão, Ministro da República, Diretor da Novacap em Brasília nos seus primórdios, bem como inúmeros outros cargos federais que encabeçou. O Deputado é um homem engajado em trazer melhorias para o Maranhão. Eu penso que o Governador perde em não definir logo declarar o Dep. Zé Reinaldo seu candidato ao Senado. Não desmerecendo suas escolhas, até porque obviamente tem coisas que não se enxerga aqui de fora, mas para enfrentar os candidatos da oposição, o Min. Sarney Filho e o Sen. Edson Lobão precisa ter um candidato à altura.