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Prefeitura de Alcântara realiza Ação que envolve Saúde, Nutrição, Educação e Cultura na zona rural

A Primeira Cozinha Comunitária Quilombola do Brasil, construída na Comunidade Marudá, zona rural de Alcântara, presta relevantes serviços de alimentação, produção e fornecimento de 200 refeições equilibradas e nutricionalmente balanceadas, para a promoção de hábitos alimentares saudáveis, atendimento nutricional e promoção da saúde. Este equipamento de segurança alimentar comemorou no dia 11 de abril, o Dia Mundial da Saúde/Saúde e Nutrição, em parceria com o Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Alcântara (Secretaria Municipal de Saúde, Desenvolvimento Social e Educação) e a Face eventos.

O evento foi destinado para a comunidade em geral na oferta de atendimento médico, testes rápidos (Hiv, sífilis, hepatites B e C); vacinação, testes de glicemia, aferição de pressão arterial, avaliação nutricional (antropometria), educação alimentar e nutricional, palestra sobre saúde bucal/aplicação de flúor, distribuição de medicamentos após as consultas, apresentação artística com tema Saúde e Nutrição e exposição de artes com alunos da rede municipal de ensino.

“Atualmente, a Cozinha Comunitária Quilombola objetiva garantir a segurança alimentar dos quilombolas em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social no que concerne à produção, disponibilidade, comercialização, acesso e consumo do alimento saudável. Além disso, podemos considerá-la um equipamento social que permite o trabalho intersetorial com as secretarias municipais e a sociedade civil, marco esse que mostra que a política de segurança alimentar e nutricional está cada vez mais avançando no município de Alcântara”, destacou a coordenadora nutricional, Rafaelle Corrêa.

Estrategicamente, a Cozinha Comunitária foi instalada no quilombo remanescente de Marudá, devido ao grande impacto que essa população sofreu ao ser afetada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em face do processo de desapropriação e deslocamento das comunidades quilombolas para as então chamadas Agrovilas. Além de Marudá, outras comunidades do entorno são beneficiada com o projeto inovador.

O projeto da Cozinha Comunitária abrange as sete Agrovilas (Marudá, Peru, Peptal, Só Assim, Espera, Ponta Seca, Cajueiro) e dois povoados vizinhos (Manival e Rio Grande). Todas essas comunidades foram afetadas pela instalação do CLA no que concerne à reprodução social e cultural, ao desequilíbrio ambiental e à perda da soberania alimentar, produção de sabores locais e ecossistemas que integram seus territórios.

Texto: Rafaelle Corrêa

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