O “Garimpo” do Supermercado Mateus, de Alessandro Martins & do Chinês de Rosário
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Por Ed Wilson – Vez por outra o Maranhão é tomado por um surto de empreendimentos mirabolantes e pessoas de sucesso, premiados com fortunas surpreendentes.
Foi assim com Alessandro Martins. O play boy sentou praça no mercado de automóveis se promovendo em um esquema de deságio para faturar nas vendas.
![Alessandro Martins (Euromar)](https://www.joaofilho.com/wp-content/uploads/2016/11/ALESS-200x200.jpg)
Descoberta a fraude, o segredo foi revelado e Martins entrou em decadência. Mesmo assim, até outro dia estava premiado com a gerência da Citroën de São Luís, mas de lá também foi defenestrado.
Agora veio à tona o escândalo de isenção fiscal do supermercado Mateus. Aquilo que todo mundo desconfiava foi revelado – o sucesso do Mateus frutificava na fraude fiscal, segundo apurou o Ministério Público.
Estava na vista, mas não havia investigação. Finalmente o segredo da multiplicação de lojas veio a público, em mais um de tantos sugadouros do dinheiro público para benefício dos interesses familiares de José Sarney.
Desmamando a Fazenda, o Mateus não tinha sequer concorrente, caso típico do Maranhão, onde alguns setores da economia são controlados por grupos empresariais sem qualquer incômodo de adversários ou do fisco.
![Wilson Mateus (Empresário)](https://www.joaofilho.com/wp-content/uploads/2016/11/Wil-267x200.jpg)
Antes do Mateus, houve outros tantos casos esdrúxulos de aventuras empresariais no Maranhão, sempre a favorecer especuladores e falsários.
Em 1996, a governadora Roseana Sarney e o então presidente Fernando Henrique Cardoso inauguraram no Maranhão o Polo de Confecções de Rosário, bem próximo do local onde Roseana e Lula lançaram a refinaria da Petrobras, em 2010.
O Polo nunca se produziu uma peça de roupa e a refinaria não passou da terraplenagem.
![Chhai Kwo Cheng & Roseana Sarney](https://www.joaofilho.com/wp-content/uploads/2016/11/CHHING.jpg)
Na época da fábrica de roupas, o esperto da vez era o chinês naturalizado brasileiro Chhai Kwo Cheng.
O governo e Cheng criaram cooperativas de costureiros e os moradores da região do Munim se endividaram com empréstimos. Até hoje lamentam a aventura que só deu prejuízo aos mais pobres.
O espertalhão chinês foi embora e só depois o povo criou a piada: com esse nome – Chhai Kwo Cheng – o cara era mesmo “só H”, expressão usual do Maranhês para identificar gente cheia de enrolação.