Fica cada vez mais difícil a situação do prefeito de Anajatuba, Helder Lopes Aragão (PMDB). Desacredito, na semana passada, por conta da qualidade do serviço prestado à comunidade do povoado Cumbi, nas áreas de saúde e educação, centenas de moradores interditaram a MA-324, que liga o município a BR/135, exigindo a presença do representante do Parque Estadual.
O acesso, prejudicando dezenas de motoristas, só foi liberado depois que o promotor Carlos Augusto Soares esteve no local. Revoltados, os moradores informaram que os filhos estão sendo prejudicados, já que para estudar precisam se deslocar até a sede do município. Com a ausência de escola no povoado, fazendo com que os alunos tenham que acordar às 04hs, a Prefeitura disponibiliza o transporte escolar, serviço este, segundo os manifestantes, suspenso há semanas.
“Já faz um tempo que o transporte escolar não vem sendo feito, fazendo com que os nossos filhos ou não estejam frequentando as aulas ou tenham muita dificuldade para chegar à sala de aula”, disse revoltado o presidente da associação dos moradores, o cadeirante José Antônio.
O engraçado é que embora na localidade não tenha escola para receber alunos do ensino fundamental ou médio, segundo documentação enviada pelo município ao Ministério da Educação, consta a existência da Escola Municipal Euza Correa, que funciona como creche, o que os moradores atestam ser mentira.
Pelo documento oficial, abaixo publicado, a escola possui 18 crianças matriculadas de 0 a 3 anos. “Nunca tivemos creche aqui no nosso povoado. Isso é um absurdo. Uma vergonha. O que mais vai precisar acontecer por aqui para que as autoridades constituídas resolvam frear os desmandos desse prefeito corrupto. Esse moço vem saqueando os cofres públicos de forma ininterrupta e reiterada sem que ninguém tome qualquer providência em prol da população, que se encontra abandonada à própria sorte”, de forma exaltada, enfatizou o presidente.
Para a comunidade, a creche só existe no mundo imaginário do prefeito, da sua equipe de auxiliares e do MEC que, mediante os dados repassados pela Secretaria de Educação do Município, agracia a unidade com uma boa fatia do FUNDEB.
A situação do posto de saúde, que há mais de dois anos não presta qualquer tipo de atendimento, por ausência de médico e remédio, também foi apresentada ao promotor. “Esse posto fica aberto só de “h”, por que não tem a mínima condição de nos atender. Não existe médico, não tem remédio, não tem nada. E a informação que temos na cidade é que inclusive, o Ministério da Saúde já teria enviado recurso para melhorar a situação do posto, mas até agora, nada. Nós gostaríamos de saber que tanta força é essa que esse homem tem que nada e nem ninguém consegue frear as sandices dele”, finalizou revoltado.
Ciente dos desmandos que vem acontecendo na cidade, embora esteja lotado no município há pouco tempo, o promotor Carlos Augusto garantiu aos manifestantes que as providencias legais serão tomadas. “Estou acompanhando as denúncias contra a administração municipal, mas não se preocupem, pois o meu trabalho já está sendo feito e, em breve, vocês tomaram conhecimento das ações judiciais que estarão sendo ajuizadas”, garantiu Soares.
Texto: Itamargarethe Corrêa Lima
