Guerra entre Sarney x Flávio Dino atinge 7 milhões de maranhenses
Uma briga que nunca terá fim. É uma verdadeira guerra civil, onde a maior vítima é o maranhense. Dizem que vidro não briga com pedra, mas no Maranhão até a política supera a química, onde água e óleo formam uma mistura homogênea. Desde 2014, o que deveria ser rivalidade acabou se tornando uma guerra entre dois poderes. Digamos que Flávio Dino seja a Coreia do Sul e José Sarney a Coreia do Norte. Não há paz e o povo é quem paga o pato. A guerra é bruta, e muita gente pode morrer. Nem os Estados Unidos conseguem resolver o problema. Mesmo com todo arsenal nas mãos Flávio Dino não consegue enfrentar Sarney de frente. Aí vem a velha máxima, dono da bola e da equipagem, mas não sabe jogar.
O campo mais usado para os embates são as redes sociais, principalmente Facebook e Twitter. Taxado como oligarca, Sarney não deixa barato as intenções de Flávio Dino. E entre os Leões e a Raposa velha, quase sempre o comunista perde. A falta de experiência política e jogo de cintura, mostram que sempre Sarney com apenas um chute incomoda o Palácio dos Leões. A preocupação com Sarney faz com que Dino esqueça o principal aliado, o povo.
Nessa guerra de puxa e empurra, o mais prejudicado é o povo maranhense. Uma briga que confunde legenda partidária com benefícios à população. Se Flávio Dino busca algum benefício ao povo maranhense e não acontece, a culpa é de Sarney. Quando algum deputado estadual envia emenda para um município e o prefeito é aliado de Sarney, Flávio Dino veta. Uma doença que precisa ser tratada antes mesmo de contaminar nosso povo que não tem nada haver com essa briga de comadres.
São ideologias que mudam a cada minuto, opiniões que caem por terra a cada acontecimento político e uma briga que não passa de um espetáculo. O que mais se ouve nos bastidores são os possíveis desvios feitos pelos governadores anteriores, que segundo os anti sarneysistas atrasou o Maranhão. Agora uma pergunta não quer calar; Sarney estava sozinho nesse grupo que afundou” o Estado? Claro que não. Alguns que faziam parte do time de Sarney, hoje tomam água no mesmo copo de Flávio Dino. Os escândalos continuam sendo noticiados nos principais meios de comunicação do Estado. Sarney não está mais no comando do Maranhão.
Nenhum laboratório conseguiu criar um remédio para curar o câncer, mas no Maranhão já foi criado uma ampola que cura contra o sarneysismo. Todos que faziam parte do grupo Sarney e que agora estão com aliança no Palácio dos Leões não são mais oligarcas e muito menos sarneysistas. Um exemplo recente foi a ida do deputado federal Pedro Fernandes, um dos principais aliados do grupo Sarney, o ex-deputado federal Gastão Vieira, o prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando, os deputados federais Kléber Verde, Jucelino Filho e Júnior Marreca, além do vereador de São Luís, Astro de Ogum – um Roseanista declarado, mas com postura diferente de muitos políticos. Todos estão curados e não fazem mais parte do grupo oligarca. Zé Reinado é a prova de um sarneysista fiel e hoje mentor do governo comunista. Tantos outros também foram curados simplesmente para enfraquecer o grupo Sarney, que mesmo fora do poder, tem atrapalhado a gestão do comunista e principalmente a vida dos maranhenses.
Não vejo razão para tanta briga, onde o povo é quem sofre com a falta de verbas que deixam de ser investidas na saúde, educação, saneamento básico, segurança pública, infraestrutura e políticas públicas. Tudo para oferecer em troca de apoios, segundo a rádio peão. O poder é a joia principal em disputa, o povo pouco importa, e no final de tudo, quem era adversário vira aliado e na maioria das vezes os aliados viram adversários por não cumprirem com os acordos da madrugada. O maior exemplo hoje na política do Maranhão é o senador Roberto Rocha, que de protagonista acabou se tornado um vilão.
Sarney é a prova viva de que política se faz com diálogo e não com perseguições, segundo comenta-se nos bastidores. Se o Estado possui 217 municípios, lógico que temos 217 prefeitos. Mas na planilha atual não funciona assim. Como ter moral para falar ou questionar sobre o comportamento do velho Sarney, que de política tem mais de meio século? É do tipo daquele que mal entrou no ônibus já quer sentar na janela e ainda dar aula ao motorista.
Para que essa guerra acabe de uma vez por todas, basta Flávio Dino esquecer Sarney, focar no seu objetivo, parar de copiar o autor de Saraminda, deixar de achar que ainda é juiz e passar a ouvir mais o clamor do povo. A contradição tem prejudicado bastante e aumentado o descrédito do atual governador por não confirmar sentado o que sempre fala em pé. Um exemplo para encerrar o texto: Flávio Dino chama o Sistema Mirante de Comunicação, de propriedade de Sarney, de “Sistema Mentira”. Mas onde o governador anuncia suas ações? Na mirante. Então é verdade ou mentira suas ações? O povo não é mais besta. Tá na hora de pensar o que falar e parar de achar que o povo é surdo, mudo e cego. Sarney só ainda respira na política porque toda hora alguém que se diz adversário assopra nas narinas dele e a mídia joga no AR.