TRÂNSITO

Essa MOB é um câncer que chegou para atrapalhar nosso trabalho, denuncia um funcionário do Ferryboat.

Com essa frase acima, um funcionário que já trabalha no Ferryboat há 15 anos, classificou a Agência de Mobilização Urbana (MOB), que nada mais, nada menos, é um cabide de emprego do governo do Estado. Conversando com esse funcionário que conhece muito bem a travessia Cujupe/São Luís/Cujupe, ele foi categórico em afirmar que nunca viu tanta babaquice por parte da MOB, quanto ver nos dias atuais. “Eles inventam coisas e não conhecem a realidade da travessia. É um câncer que foi criado para desempregar muita gente e se não for tomado uma providência por parte do MP (Ministério Público), podemos retroceder, voltar a viajar de barco a vela. Tem dia que eles entram nos Ferryboats e se acham, ficam dando ordem aos nossos funcionários, até ameaçam. Está proibindo os idosos ficarem dentro dos ônibus e obrigam muitos a subirem escadas e ficarem no salão de passageiros. Estão acabando com nossa tranquilidade, estão se sentido autoridades” – disse o marinheiro.

“Na saída do Ferry, Idosos, Crianças, Mulheres gestantes e até cadeirantes, são obrigados a saírem do Ferryboat e pegarem uma Van da EMAP (Empresa Maranhense de Administração Portuária), que finge ajudar no trajeto até o terminal de embarcação. Tem dia que tem MOB, vigilância Sanitária, Receita Estadual e até Aged na fiscalização, simplesmente com o intuito de encher geladeiras e mais nada” – disse.

Questionado sobre as viagens, o passageiro não escondeu o jogo. “É bom para os passageiros, mas as empresas estão trabalhando apenas para pagarem despesas. Já teve mês de funcionários receberem salários na metade do mês. E pode piorar; a Fulana MOB já requereu que pretende tomar conta da venda de passagens, o que pode ocasionar inúmeras fraudes e piorar ainda mais o transporte aquaviário. Nunca trouxeram um projeto para melhorar, só querem pressionar os empresários e mais nada. Quando a bomba é quente, ninguém aparece. Mas quando o assunto é grana, vem em cardume” – desabafou.

Sobre as licitações para o transporte, o funcionário até sorriu. “Quem vai se habilitar entrar em uma barca furada dessa? Flávio Dino que um seguro de 150 milhões de reais, e mais nada. O governador está pensando que comprar Ferryboat é igual alugar Viaturas em Manaus-AM. São caros e a manutenção é mais cara ainda. Se não der os 150 milhões de reais como seguro; não concorre a licitação. Já vi de tudo no Maranhão, mas neste governo, me parece que o Palácio dos Leões virou um criatório de Jegues. A imprensa precisa se infiltrar durante essas viagens, vão flagrar muita coisa dessa MOB” – disparou.

“As vezes me dar ódio, mas fazer o que? Nunca levei sequer uma chamada de meu chefe, já trabalho há 15 anos na empresa e sei o quanto o patrão é responsável com suas obrigações. Mas as vezes ninguém aguenta tanta chatice. Eu acho que Flávio Dino pensa que os Ferryboats são de Sarney. Não vejo ninguém da MOB se preocupar com os passageiros dos ônibus coletivos. Será que é porque não tem como faturar? Já pedi várias vezes para ser demitido, não tenho mais saco para tolerar essas chatices. Já chegamos ao ponto de termos fiscal anônimo junto com a gente” – finalizou.

 

 

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