Como explicar o sucesso das festas de Flashback na Ilha?
Primeiro podemos começar falando inicialmente das músicas. Embora não tivesse os recursos tecnológicos de hoje em dia, as canções eram bem mais trabalhadas, tinha melodia, letras, vocais incrivelmente belíssimos. Vivemos uma era onde o acesso à música ficou mais fácil, talvez mais democrático, mas isso trouxe a reboque à “descartabilidade musical”, o sucesso que toca hoje daqui a um mês não existe mais, não é mais tocado. Isso jamais existia na boa fase dos balanços, onde as musicas tocavam por meses, até anos, se tornavam clássicos. Qual destas músicas feitas hoje se tornam clássicos? Me digam uma.
A outra coisa é que se não toca nas rádios, não faz um mercado e por conseguinte, não cria um público consumidor. Sou do tempo que se ouvia balanço em horário nobre se rádio, as pessoas ficavam ávidas para escutar determinado programa por que além de escutar as músicas que ele dançava nas festas, escutava as novidades, os lançamentos. Vale lembrar também que existia a Boite bonitinha arrumadinha para a classe de maior poder aquisitivo, mas existia os bailes para a grande massa de jovens que não tinha tanta grana assim , mas se divertia pra caramba e era legal por que todo mundo conhecia todo mundo. Hoje tudo está elitizado, esse público que não consome tanto não interessa mais, ele tem que se contentar com os forrós e arrochas nas choperias da vida.
Quando tem alguma festa onde se ouve os bons charmimhos, ragga, house , miamis, além de matar saudades, a pessoa tá comprando um ingresso para uma época que era mais feliz, uma época valiosa da sua vida que mesmo com as dificuldades do dia a dia, valia a pena esperar o final de semana e se acabar nas pistas da PH 83, New Ganf, 707, Zig Zag, 90 Graus, Le Cage, KGB, Pirâmide, Raio Lazer , Flashdance, People’s (Casino), Apocalypse, Clube da Cohab, Safari, Crocodilos, Boate do Lítero,Boite do Jaguarema (Jaguar), Gênesis, Caixa Alta,Tigre, Ninja, Tajmahal, Tucanus, Millenium, Extravagance, Flamingo, Studio 7 e tantas outras.
Texto:Samir Pereira Ewerton
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