POLÍTICA

O “Garimpo” do Supermercado Mateus, de Alessandro Martins & do Chinês de Rosário

Por Ed Wilson – Vez por outra o Maranhão é tomado por um surto de empreendimentos mirabolantes e pessoas de sucesso, premiados com fortunas surpreendentes.

Foi assim com Alessandro Martins. O play boy sentou praça no mercado de automóveis se promovendo em um esquema de deságio para faturar nas vendas. 

Alessandro Martins (Euromar)
Alessandro Martins (Euromar)

Descoberta a fraude, o segredo foi revelado e Martins entrou em decadência. Mesmo assim, até outro dia estava premiado com a gerência da Citroën de São Luís, mas de lá também foi defenestrado.

Agora veio à tona o escândalo de isenção fiscal do supermercado Mateus. Aquilo que todo mundo desconfiava foi revelado – o sucesso do Mateus frutificava na fraude fiscal, segundo apurou o Ministério Público.

Estava na vista, mas não havia investigação. Finalmente o segredo da multiplicação de lojas veio a público, em mais um de tantos sugadouros do dinheiro público para benefício dos interesses familiares de José Sarney.

Desmamando a Fazenda, o Mateus não tinha sequer concorrente, caso típico do Maranhão, onde alguns setores da economia são controlados por grupos empresariais sem qualquer incômodo de adversários ou do fisco.

Wilson Mateus (Empresário)
Wilson Mateus (Empresário milagroso)

Antes do Mateus, houve outros tantos casos esdrúxulos de aventuras empresariais no Maranhão, sempre a favorecer especuladores e falsários.

Em 1996, a governadora Roseana Sarney e o então presidente Fernando Henrique Cardoso inauguraram no Maranhão o Polo de Confecções de Rosário, bem próximo do local onde Roseana e Lula lançaram a refinaria da Petrobras, em 2010.

O Polo nunca se produziu uma peça de roupa e a refinaria não passou da terraplenagem.

Chhai Kwo Cheng & Roseana Sarney
Chinês Chhai Kwo Cheng & Roseana Sarney

Na época da fábrica de roupas, o esperto da vez era o chinês naturalizado brasileiro Chhai Kwo Cheng.

O governo e Cheng criaram cooperativas de costureiros e os moradores da região do Munim se endividaram com empréstimos. Até hoje lamentam a aventura que só deu prejuízo aos mais pobres.

O espertalhão chinês foi embora e só depois o povo criou a piada: com esse nome – Chhai Kwo Cheng – o cara era mesmo “só H”, expressão usual do Maranhês para identificar gente cheia de enrolação.

 

 

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