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Há 19 anos Bequimão perdia o DJ mais ilustre do Maranhão

Antônio José Pinheiro da Silva (Conhecido Internacionalmente como DJ Antônio José) nasceu em 11 de setembro de 1970, no povoado Ariquipá, Município de Bequimão, no interior do Estado do Maranhão e se estivesse vivo estaria com 45 anos. Ele era dos homens de uma família de mais de trinta irmãos, sendo que destes, somente oito eram legítimos. Filho de Marinaldo Rodrigues Silva e Maria José Pinheiro, Antônio José veio para São Luís aos 9 anos de idade, para estudar, vencer na vida e poder ajudar a sua família de origem muito humilde.

Em São Luís, Antônio José conheceu o saudoso Tony Tavares, amigo da família e de quem futuramente se tornaria o melhor amigo. Antônio Tavares se tornou Radialista e mais tarde se tornou cantor de reggae, mas, um problema renal tirou sua vida há um ano.

Antônio José começou a trabalhar com Tony Tavares, em uma oficina de eletrônica aos 13 anos, fazendo pequenos serviços e com a vontade de crescer profissionalmente. Sempre muito interessado em aprender a mexer com som, Antônio José passou a acompanhar o amigo às festas no Quilombo, onde Tony Tavares era o Dj. Lá iniciou limpando caixas de som, os equipamentos, e todos os sábados desmontava a radiola, para ver se havia algum defeito, e com isso ia aprendendo todas as “manhas”.

Com a saída de Tony Tavares do Quilombo, Antônio José assumiu o lugar, e de uma forma surpreendente conseguiu manter-se por muito tempo e com muito sucesso, até que se desentendeu com a diretoria e saiu do clube.

Ferrerinha, que já conhecia Antônio José, o convidou para trabalhar no Clube Espaço Aberto, numa radiola chamada ESTRELA DO SOM. Daí em diante, o bequimõense que até então ninguém o conhecia, passou a ser o nome mais falado nos programas de Reggae do Maranhão. Dono de um estilo incomparável, o filho de Marinaldo Silva, passou a ser respeitado até pela concorrência. Antônio José morreu aos 26 anos de idade, no dia 17 de setembro de 1996, em um acidente automobilístico na Avenida Jerônimo de Albuquerque, em São Luís.

Um dia depois, o carro do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, atravessou São Luís levando o corpo do Lobo, como Antônio José era chamado pelos regueiros do Estado. No longo trajeto entre o bairro do São Francisco e o Cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar, milhares de pessoas alinharam-se nas calçadas e acostamentos da capital, acenando, gritando ou vertendo lágrimas pela perda de um jovem humilde DJ.

Antônio José não era Coronel, Deputado, Ministro, Prefeito, Governador, Vereador, Jogador de Futebol ou artista de TV. Era um humilde DJ de Reggae, profissão pouco conhecida e nada nobre, mas isso apenas aos olhos da elite maranhense. Após a morte do bequimõense, o Maranhão ainda chora a falta do Lobo e novos talentos para a profissão.

VALEU JOSÉ…BEQUIMÃO DE AGRADECE!

Texto de Leandro Ramos

 

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