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Ferryboat é fiscalizado pela milésima vez e nada melhorou até agora

A situação dos ferryboats, que transportam passageiros do terminal Ponta da Espera/Cujupe/Ponta da Espera é cada vez pior. Desde que foi criada a Agência de Mobilidade Urbana (MOB) como órgão fiscalizador do transporte público do Maranhão, o Procon já fiscalizou os ferryboats aproximadamente 1.999 vezes e nada melhorou.

Nesta terça-feira (26), o deputado estadual Júnior Verde (PRB), e a Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa, da qual o parlamentar é membro, querendo aparecer na mídia, inventou mais uma fiscalização para verificar as condições de funcionamento dos ferry-boats, que o Brasil todo já sabe como funcionam.

Os deputados Bira do Pindaré (PSB), Wellington do Curso (PP), Cabo Campos (DEM) e Zé Inácio (PT) também estiveram no Terminal da Ponta da Espera. Eles foram detectar, in loco, as necessidades dos usuários, bem como observar os problemas mais urgentes, principalmente no que diz respeito às embarcações. Entre os deputados que foram fiscalizar os ferryboats, Zé Inácio é o único que conhece as deficiências das embarcações e a humilhação aos passageiros, já que o parlamentar é baixadeiro por natureza.

Ao chegarem, os parlamentares foram recebidos pelo diretor de Operações da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), José Antônio Magalhães, que os conduziu a somente a dois ferry-boats, o que mostra que essa operação mais parece um passeio náutico, do que uma fiscalização. O tour pelas embarcações ocorreu na presença do presidente do PROCON-MA, Duarte Júnior, que já fez essa “operação” 1.999 vezes e nenhum resultado positivo já foi obtido até agora.

Os deputados entraram nos ferry-boats Cidade de Tutóia (operado pela empresa Serviporto) e Cidade de Alcântara (gerenciado pela Internacional Marítima) e constataram uma série de necessidades, principalmente no primeiro. Eles conversaram com passageiros e ouviram reclamações, inclusive em relação à carestia dos produtos vendidos nas lanchonetes, lentidão das embarcações e até ao sistema de venda de passagens. E se fiscalizarem as outras embarcações, podem provar do mesmo “veneno” que milhares de baixadeiros degustam todos os dias na baía de São Marcos.

Os passageiros acompanharam toda a movimentação. O funcionário público Jean Reis foi um dos que se pronunciou. “Nós queremos mais dinamismo, mais conforto nas cadeiras e mais segurança. As embarcações são lentas e o ar condicionado só funciona em alguns. Esperamos que o Governo do Estado providencie a licitação que prometeu”, reclamou.

Segundo José Roberto Francisconi, diretor administrativo da Internacional Marítima, as embarcações da empresa seguem os itens de segurança e utilizam uma quantidade de coletes superior ao exigido pela legislação. “Nossa capacidade é para 900 passageiros, mas nunca navegamos com essa quantidade, sempre menos. E recebemos a inspeção da Marinha. Além disso, temos balsas de salvamento dentro do padrão exigido”, informou o diretor, que acha que conforto é ter coletes de sobra na embarcação.

A Comissão produzirá relatório com todos os pontos negativos elencados. O documento será encaminhado ao PROCON-MA e à Agência de Mobilidade Urbana (MOB). Só que em nenhum lugar do mundo, pode-se fazer relatório de fiscalização, se apenas 25% das embarcações foram fiscalizadas. É bom lembrar, que milhares de vidas estão em risco diariamente nessa travessia. É necessário fiscalizar todos os Ferryboats para ter um diagnóstico completo, ouvindo depoimentos de passageiros.

 

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